O tema é polémico e como tal preferi emitir a minha opinião num novo post, em vez de responder comentário a comentário.
Sou contra o aborto, aliás julgo que não haja ninguém a favor do aborto, mas sou absolutamente a favor da despenalização do aborto. O simples facto de uma mulher pensar que talvez deva fazer um aborto já é traumático e penalizante o suficiente, não é necessário toda uma sociedade a criticar e a emitir juízos de valor, e acima de tudo penalizar.
A interrupção da gravidez não é efectivamente um método de planeamento familiar e faz parte da sociedade ajudar e informar as novas gerações das vantagens de um planeamento familiar cuidado.
A última palavra deverá ser sempre da mulher, mas respeito a opção de alguns médicos de não os efectuarem, tal como é uma opção de consciência para a mulher também o deve ser para os médicos.
A questão das 10 semanas está a levantar tanta polémica e não percebo o porquê, estamos a falar de legislação, é necessário definir um limite, quero acreditar que as 10 semanas não foram um número atirado ao ar mas sim a conclusão de vários estudos. Já ouvi diversas vezes e “então uma mulher que o faça às 10 semanas e 1 dia é criminosa” mas se o limite fosse as 14 semanas podia dizer-se o mesmo “então uma mulher que o faça às 14 semanas e 1 dia é criminosa”.
Haverá inúmeros factores que levarão uma mulher a tomar a decisão de não ter uma criança, mas essa decisão irá acompanha-la a vida inteira, e certamente pairará sempre sobre ela a dúvida – E se…
Acima de tudo é importante salientar que esta lei pretender dar a opção de escolha à mulher, e permitir que caso pretenda fazer um aborto o faça em condições de segurança. Ninguém está a tentar obrigar ninguém a fazer um aborto … se são absolutamente contra então não o façam, mas respeitem o direito a uma opinião e posição diferente.
Portanto no dia do referendo votarei sim, tal como da última vez.