Partilhar Lisboa

Novembro 12 2010

Vou passar a reciclar algumas coisas que escrevo noutros locais, neste caso um texto que escrevi no Forum Nora Roberts

 

"Para mim um livro indeciso é um livro não ... há muito anos tomei a decisão, para tudo na minha vida, que se hesito é porque não quero, se for um livro importante mais tarde ou mais cedo virá parar-me à mãos. Com o aumento do IVA vou comprar mais em inglês e mais em promoções, mas se quero um livro compro independentemente do preço. É uma questão de prioridades.

Quanto ao apoiar as editoras, e salvo raras excepções como o caso da SdE, que deveria ser "case study" para as outras, o que raio fazem elas por nós??? Os grandes "colossos" editoriais portugueses são verdadeiramente autistas, vivem totalmente alheados da vida real, assumem a postura do isto é o que temos, querem, querem, não querem, azar, as vezes apetece-me gritar-lhes: NEWS FLASH ... GLOBALIZAÇÃO .... HELLOOOOOO... livros de bolso em português? A oferta é anedótica ... E-books? Praticamente inexistente... Ahhh e tal os livros portugueses são muito bonitos e de boa qualidade, sim é verdade, basta pegar na porra de um livro da contraponto (por exemplo), lindo, um papel macio totalmente opaco, excelente impressão, e se tiver mais de 200 paginas totalmente impraticável a leitura num autocarro. 

Só para ilustrar, tenho aqui 3 livrinho do mesmo tipo ... paperback 15x23cm ou seja o tradicional livro português ... e com mais ou menos o mesmo numero de páginas. (*)

Dark Hunter Companion da Sherrilyn Kenyon
Editora: Piatkus
Paginas:420
Preço: €13,99
Peso: quase 600g

As Serviçais da Kathryn Stockett
Editora: Saida de Emergência
Paginas: 463
Preço: € 18.85
Peso: quase 700g

Os Olhos amarelos dos Crocodilos da Katherine Panco
Editora: Esfera dos livros
Paginas: 492
Preço: € 19.01
Peso: mais de 800g

Pode ser apenas 200g de diferença entre o mais leve e o mais pesado, mas ao fim de 5 minutos a segurar o livro com apenas uma mão enquanto me seguro com a outra, o meu pulso grita que não são 200g .. são 2 kg.

Diversidade é o que falta ao meio editorial português, analisar as necessidades dos leitores e dar-lhe soluções. Lamento imenso mas enquanto as editoras não fizerem nada por mim, não me sinto minimamente obrigada a fazer o que quer que seja por eles. 

(*) e nem me apeteceu ir buscar o Rio das Flores, porque considero esse um caso de demência."

Partilhado por AnaD às 00:01

Há alguns anos um Tio meu que era Carpinteiro foi chamado a casa de um Industrial do Norte para conceber uma biblioteca na casa daquele. O homem tinha muito dinheiro e queria uma biblioteca em casa, o que para a altura era um luxo "esquisito" no meio rural onde ambos viviam. Mas um cliente é um cliente e o homem queria uma divisão que ía dar muito trabalho ao meu Tio mas também um enorme sorriso nas finanças.
Quando fazia as prateleiras, o meu Tio perguntou aonde estavam os livros que íam encher a biblioteca para ter uma ideia das alturas entre prateleiras por exemplo... ao que o homem respondeu que não tinha ainda nenhum livro mas que ía comprar. A filha mais velha do meu Tio vendia livros e enciclopédias e o meu Tio sugeriu que o senhor falasse com ela e lhe dissesse o que queria que ela de certeza arranjava.
Ao que o industrial respondeu "Ah, isso não interessa. Quero as prateleiras todas cheias!" :O

Ás vezes imagino que as nossas editoras têm à frente os filhos daquele industrial...

Só tenho um livro que me arrependo de ter comprado no formato em que comprei. E é precisamente da Nora Roberts - A Dama Negra - e comprei a edição de coleccionador o que dificultou a leitura do livro durante a semana... não me arrependo... e quem lê a Nora sabe que não se consegue esperar pelo paperback ;)... mas serviu de lição.

Mas nem tudo é mau nas nossas editoras - os nossos paperback são muito melhores do que os PB estrangeiros...
Teresa a 12 de Novembro de 2010 às 15:56

Eu comprei os livros da S. Kenyon que ainda não sairam por 5 euros, sim, leram bem 5 euros, outros um pouco mais, mas nenhum deles chegou aos 10 euros. E com isto apresento o meu caso. Em português? Lamento mas não tenciono alimentar o dito a gulosos. Pagar muito por um autor estrangeiro ? OK tem de se pagar a quem traduza e a quem o reveja, embora alguns que eu duvido que passem do tradutor mecanico, tal a quantidade de erros que se encontram. Agora pagar 20 e tal euros por um livro do Sousa Tavres ou do Rodrigues dos Santos? Lamento, mas já dei para esse peditório.
Fernanda a 14 de Novembro de 2010 às 22:16

Lisboa é a minha cidade, é quem sou e condiciona o que penso e o que sinto, por isso ao partilhar Lisboa, partilho angústias e alegrias, revoltas e compreensão ... no fundo é um local de partilha de sentimentos!
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