Que adorei acho que já toda a gente sabe.
Que fiquei surpreendida com a qualidade do rapaz, também não é propriamente segredo.
O que se calhar não sabem é que odiei o Home
Durante meses andei a chorar os 69€ que dei pelo bilhete, houve alturas em que pensei que não estava boa da cabeça, eu que nem vou a concertos porque não gosto de espaços fechados. Confesso que estava com medo de não gostar, claro que essa sensação desapareceu mal entrei no Pavilhão Atlântico, porque afinal, eu estava ali, e o rapaz não me ia desiludir. E não desiludiu!
Uma das características que mais aprecio numa pessoa é o sentido de humor e a capacidade de nos rirmos de nós próprios, e Bublé conquistou-me no momento que abriu a boca para gozar com a sua imagem de estrela. Claro que ajuda o facto de ele cantar lindamente, ter uma banda com excelentes músicos. Houve músicas que eu não conhecia mas gostei de as ouvir. E embora não partilhe com ele o gosto pelo Michael Jackson, quando começaram os acordes do Twist and Shout eu já só o queria raptar e levar para casa.
Eu aprecio coisas simples, pelo que acho que desde que haja honestidade até sou fácil de contentar, mas emocionar-me já é mais difícil, e eu arrepiei-me quando sozinho no palco, com um simples foco branco e totalmente unplugged o Bolhinhas cantou para um pavilhão atlântico totalmente em silêncio, onde apenas se sentia emoção.
Provavelmente estão a pensar, que se gostei tanto do concerto porque é que odiei o Home ... porque o Home é a minha música preferida dele, aliás é uma das minhas música preferidas, ponto. E por ser uma música que me diz tanto, por vários motivos, foi agressivo ouvi-la ali naquele espaço, e daquela forma, mas como já esperava sentir isto, não foi uma desilusão nem sequer beliscou o concerto no seu todo, como eu disse meio a brincar, para gostar do Home ali era necessário que ele tivesse expulsado as restantes 12999 pessoas que ali estavam, e cantasse só para mim.