Partilhar Lisboa

Julho 30 2009

Não tentem entender ou ler nas entrelinhas, isto só eu entendo, só eu conheço a dor, mas se não a deitar cá para fora ou enlouqueço ... ou expludo ... ou pior  faço uma asneira que me possa vir a arrepender.

Andei a semana passada a ter pesadelos todas as noites... eu bem sei porquê, foi aquela triste ideia do aniversário, e todos os acontecimentos que se seguiram.

Esta semana estive mais serena, sonos agitados como sempre, insónias, mas nada de pesadelos, esta noite até tive um bom sonho, daqueles que nos fazem sorrir de manhã... depois recebo uma boa notícia... mas claro condicionada, eu já devia saber que na minha vida tudo é condicionado, e já devia estar preparada... mas não, estúpida como só eu, ainda me consigo iludir e consequentemente desiludir com as situações, com as pessoas... com a p*** da vida! 

E agora recordo-me do sonho que tive de manhã e muita coisa faz sentido ... inclusive porque é que fiquei tão magoada com um simples pormenor. E olho para a foto que esta aqui em baixo e nas das minhas pimpolhas, e apesar de não me secarem as lágrimas param-me os soluços, porque estas três almas gostam de mim incondicionalmente... gostam porque gostam pelo simples gosto de amar.

Cada ano tem 365 dias... eu gostava que num deles fosse a personagem principal... mas não, continuo a ser uma simples figurante... Bem sei que nos restantes 364 dias faço por passar despercebida, mas p***a um dia não são dias, eu peço um mísero dia. 


PS. Eu irei apreciar a boa nova... claro que sim, mas até lá estou assim!

Partilhado por AnaD às 17:45
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Eu não vou tirar ilações do teu texto, até porque tu não queres que o façamos.

Mas queria que pensasses melhor num detalhe que referes. Uma boa notícia, pelo facto de ser condicionada, não deixa de ser uma boa noticía. Por vezes, não é tão boa quanto gostaríamos, mas isso não nos deveria proivar do gozo que é receber uma boa notícia. Afinal, ganhar o €uromilhões não é só uma boa notícia, quando ganhamos o primeiro prémio. Eu, até com os € 7 da praxe, fico contente.

Por isso, Ana, aproveita. Pode não ser o primeiro prémio do €uromilhões, pode não dar para ir a Spa, mas é bom na mesma.

E não te permitas pensar o contrário: nas nossas vidas, o papel principal é nosso. Só temos é de descobrir como se interpreta.

Beijos e ânimo, melher!!
Pu a 30 de Julho de 2009 às 18:29

Já tive oportunidade de te dizer de viva voz o que aqui vou escrever... julgo que não leste o PS eu estou contente com a boa nova, e fiquei muito contente com isso, mas isso não invalida o quanto aquela condição me magoou... e até vou mais longe não vou dizer que a culpa é minha que as pessoas só me magoam porque eu deixo, essa Ana vai ter de ser afogada na banheira, as pessoas magoam-me porque se habituaram a que não fizesse mal, a que eu perdoasse tudo, a que os outros viessem sempre em primeiro lugar ... e chega ... basta ... eu venho em primeiro lugar. O que nos leva à outra parte, acho que não percebeste a metafora, na peça que é a minha vida eu sou a actriz principal... mas não é dessa peça que falo, falo daquela em que eu e um grupo de pessoas ... o meu circulo de amigos (que inclui família) ... participamos ... é desse que falo, é desse que faço um mea culpa ao afirmar que 364 dias por ano trabalho o meu papel de figurante, mas uma vez por ano gostaria de ter o papel principal ... essencialmente sem ter de mendigar por ele. 
AnaD a 30 de Julho de 2009 às 21:37

O post scriptum foi lido, de facto, de fugida, mas não é invalida o espírito do que escrevi.


E quanto ao facto de teres um papel mais ou menos principal, o que te disse ia ao encontro de um diálogo de um filme que, ainda no passado Domingo, estavamos a ver "online" ("O Amor Não Tira Férias"). Depois de ler o que escreveste, não pude deixar de me lembrar de um diálogo entre a personagem da Kate Winslet e do velhinho a quem ela está a ajudar. Por isso, citei-o.


E fico-me por aqui. Apesar de ganhar o meu sustento a escrever, tenho que confessar que é com as palavras dos outros que me sinto mais à vontade.


Beijos,
P.
Pu a 30 de Julho de 2009 às 21:48

Lisboa é a minha cidade, é quem sou e condiciona o que penso e o que sinto, por isso ao partilhar Lisboa, partilho angústias e alegrias, revoltas e compreensão ... no fundo é um local de partilha de sentimentos!
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