Escolhi a foto que ilustra o post anterior, porque inclui Djokovic e Nadal. Nunca me pareceu tão acertada a expressão que diz, "para dançar o tango são precisos dois".
Sou fã de Djokovic, gosto do seu ténis e da sua garra, gosto especialmente da sua postura, a forma como encarando o desporto que é a sua profissão com enorme seriedade, não se leva demasiado a sério, o sentido de humor é algo que me cativa
Nadal é um portento, uma besta no melhor sentido da palavra e qualquer pessoa que aprecie ténis gosta de ver Rafa jogar, mas não mora no meu coração, se calhar é a sina de ter nascido espanhol.
Hoje quando liguei a TV Nole estava a ganhar o 3º set, Nadal estava nas lonas, nem parecia que tinha sido o Nole a ter uma meia final infernal há 2 dias, achei que aquilo ia terminar num instante, subestimei Nadal, o espanhol renasceu à custa da força de vontade, o 4º set foi claramente um triunfo da mente sobre o corpo.
Com 5 horas, CINCO HORAS de jogo, ainda viamos jogadas de nos deixar de queixo caído, não eram bolas batidas, eram jogadas pensadas.
Quando chegamos ao Matchpoint (odeio a expressão championshipoint) a única forma de prever o que aconteceria era fé, a dos que queriam o ponto marcado, e a fé dos que acreditavam que Nafal poderia quebrá-lo.
Djokovic marcou e ganhou. Mereceu a vitória, mas honra aos vencidos, aplaudo Nadal de pé, tiro-lhe o meu chapéu, não se rendeu nunca. Conseguiu levar-nos a um 5º set em que eu já não sabia por quem torcia e já sugeria que se partisse a taça ao meio.
Na realidade não há derrotados no jogo de hoje, só vencedores, Djokovic, Nadal e todos nós que presenciamos este jogo épico.