Durante toda a minha vida me lembro de ir com a minha mãe comprar coisas “pra casa” (vulgo: tachos, candeeiros, baldes, tábuas de engomar, etc, etc, etc…) numa daquelas lojinhas tradicionais que nos remetem para memórias de outros tempos.
Era uma loja grande com várias salas na esquina de uma rua perto da minha. Tal como muitas outras lojas destas, aqui há uns tempos fechou, presumo que os clientes tenham começado a escassear, talvez a concorrência das grandes superfícies seja a culpada, mas também porque a simpatia e cuidado dos funcionários começou a rarear.
Uma loja daquele tamanho numa rua com um movimento considerável, claro que a minha parte consumista começou a salivar assim que começaram as obras, uma nova loja ia aparecer ali … seria de roupa … ou uma sapataria… ou até o sonho dos sonhos: uma livraria!
Os vidros lisos, as paredes num branco marfim, muita luz … a coisa prometia, estava ansiosa.
Finalmente, colocaram o cartaz luminoso com a identificação:
