Não vou esconder que sou um bocadinho “menina do papá”.
Sempre tive uma grande cumplicidade com o meu pai, ele nunca foi para mim a figura autoritária que muitas vezes caracteriza o papel de pai, para mim sempre foi o pai companheiro, recordo com um carinho enorme as manhãs de sábado da minha infância, quando íamos passear para o castelo de S. Jorge, onde acabava a comer um belo chapéuzinho de chuva de chocolate (da Regina, lembram-se?), ou quando a opção era ir dar pão aos patos no parque Eduardo XVII e debruçados no corrimão percebermos que mais uma vez nos tínhamos esquecido do pão.
Hoje quase nos trinta já não como chapéuzinhos de chuva de chocolate (apenas porque a verdadeira Regina fechou), nem vou dar comida aos patos … mas nada me vai fazer parar a tradição de sempre que vou com o meu pai à praia irmos em direcção ao mar escolher um lado e andar até estarmos cansados!!